Andrologia e Sexologia - Dr. Valter do Nascimento

ANDROLOGIA-IMPOTÊNCIA
VIAGRA

Este artigo foi retirado da revista "Isto É"  de 27/05/1998
e as ilustrações do jornal "O Globo" (versão on line)  de 06/06/1998
 

O Viagra facilita o processo de ereção. A pílula é uma alternativa de tratamento para homens com dificuldade de  ereção provocada por problemas psicológicos ou orgânicos leves e moderados.

1. Ereção Normal
De todas as alternativas para acabar com a impotência, o Viagra é a mais indolor e fácil de ser adotada. E, apesar de não ser a solução mágica para todos os homens com dificuldades de ereção, pode ser a redenção para a maior parte. O comprimido tem bons resultados nos casos em que a  impotência é provocada por problemas psicológicos ou orgânicos não muito graves. E a experiência dos especialistas mostra que 60% dos que vão aos consultórios são desse grupo. "A pílula ajudará muito esses   homens", diz o urologista Eduardo Bertero, de São Paulo. Quando se  entende o caminho que leva à ereção – e o que trabalha contra ela –, compreende-se por que a pílula é indicada para esses casos. A ereção é a resposta do pênis a um estímulo sexual. A partir dele, o cérebro envia sinais para o membro. É em uma de suas partes, os corpos cavernosos,que se desenrola o processo de ereção. Eles são estruturas parecidas com cilindros cujo interior lembra uma esponja: trata-se de uma malha composta de tecido muscular e conjuntivo (que dá sustentação) irrigada por vasos sanguíneos e cheia de espaços vazios, os sinusóides. Depois do estímulo, há a liberação de uma série de substâncias: a primeira é o óxido nítrico, que irá promover, por sua vez, o aumento da concentração de outra substância, o GMP cíclico (GMPc). É o GMPc que produz o relaxamento dos músculos dos corpos cavernosos, o que permite uma  maior irrigação sanguínea. Os sinusóides se enchem de sangue, os corpos  cavernosos aumentam de volume e fazem com que a membrana que reveste os corpos (túnica albugínea) se estique até um limite máximo. Mas como a entrada de sangue continua, as veias que levam o sangue para fora do corpo cavernoso são comprimidas contra a membrana até que fiquem quase fechadas. O pênis fica como se fosse uma bexiga inflada em que a saída de ar é mínima. Mantém-se ereto e rígido. Esse processo é mantido até o orgasmo. Depois, aumenta a ação da fosfodiesterase ( PDE-5), enzima que destrói o GMPc

2. Com o VIAGRA
O Viagra age sobre a fosfodiesterase. Durante todo o processo, essa enzima também é liberada, assim como o GMPc. As duas substâncias ficam em lados opostos de um cabo de guerra: o GMPc promovendo a ereção e a fosfodiesterase tentando interrompê-la. Em uma ereção normal,o GMPc vence a briga e se mantém na ativa até o orgasmo. É somente depois disso que a fosfodiesterase tem sua ação aumentada a ponto de conseguir destruir o GMPc e amolecer o pênis. Ao inibir a ação da  enzima, o citrato de sildenafil – o princípio ativo do Viagra – se junta ao  time do GMPc, ajudando a ereção. O problema é que não é só a    fosfodiesterase que trabalha contra. A adrenalina – hormônio abundante  em situações de stress – é outra inimiga. Ela mantém os músculos do corpo cavernoso contraídos, situação na qual é impossível conseguir uma  ereção porque não há como inundar os corpos cavernosos. Por isso, homens estressados, seja pela conta que esqueceram de pagar ou por  medo de falhar, terão dificuldade de conseguir uma boa ereção. É por isso que nestes casos o Viagra ajuda. Ele joga junto com o GMPc na briga contra a adrenalina e a fosfodiesterase ( PDE-5).

Em homens muito estressados, no entanto, nem o Viagra pode funcionar. Isso porque a quantidade de adrenalina é tão grande que vence a guerra contra o time do GMPc mais a pílula. Num estudo realizado pelo urologista paulista Sidney Glina com 20 pacientes, apenas 60% dos homens que apresentam problemas psicológicos responderam bem à  pílula. É por isso que é preciso ter cuidado com as expectativas. Não se pode querer que um comprimido resolva um bloqueio emocional. Dessa  forma, o que poderia ser um auxílio vira inimigo. Além da adrenalina, os    outros inimigos da potência masculina têm causas orgânicas. Entre as mais comuns estão o entupimento dos vasos sanguíneos que irrigam o pênis com placas de gordura e lesões nos nervos que carregam os sinais do  cérebro até o membro. Na maior parte dos casos, essas lesões são provocadas pelo diabetes. O alcoolismo e até medicamentos como antidepressivos também podem provocar o mesmo problema. "A  impotência é um sintoma de que algo não anda bem", explica Sidney Glina.  Em todos esses casos, a eficácia do Viagra vai depender do grau de comprometimento físico do pênis. Se os vasos estiverem muito entupidos, por exemplo, a pílula pouco poderá fazer. "O tratamento provavelmente não será efetivo em homens com disfunções eréteis causadas por severos      comprometimentos dos vasos sanguíneos", escreveu o médico Robert Utiger no editorial da penúltima edição da revista The New England Journal of Medicine. Na mesma edição, foram publicados os resultados de um estudo coordenado pelo médico Irwin Goldstein, do Centro Médico da Universidade de Boston, feito com 861 homens. Parte tomou o Viagra e parte tomou placebo (pílula sem nenhum medicamento). Foi constatado que 69% das tentativas de relações sexuais foram  bem-sucedidas no grupo de homens que tomaram a pílula, contra 22% dos que receberam placebo. Quando se fala em relações bem-sucedidas,está-se referindo a homens que conseguiram ereção. Nada a ver com o      tempo que ela dura. Isso vai depender do grau de excitação do homem. O que o Viagra faz é facilitar essa ereção a partir do estímulo sexual em homens com dificuldades emocionais ou orgânicas. A partir daí, a relação vai correr como qualquer relação normal. O único cuidado que se deve ter é o de tomar o remédio uma hora antes do ato. Isso porque o pico de ação da droga acontece uma hora depois da ingestão. Essa concentração  máxima do remédio no organismo continuará por cerca de uma hora. Depois, os níveis vão baixando até, quatro horas após a ingestão, não haver mais efeito do remédio. Apesar do entusiasmo, os médicos recomendam cautela. "Em qualquer droga nova, não há condições de avaliar o exato grau de eficácia e os efeitos colaterais. Essa análise só é feita durante o uso contínuo por um período mínimo de um a dois anos", afirma o urologista paulista Celso       Gromatzky. Por enquanto, o que se sabe é que o Viagra apresenta efeitos colaterais transitórios, como dor de cabeça, diarréia e distúrbios de visão (confunde-se o verde com o azul). Além disso, sabe-se também que quem toma remédios do grupo dos nitratos (um tipo de remédio que dilata as artérias do coração) deve ficar longe da pílula. Estudos da Pfizer  mostraram que há o risco de a combinação dos dois remédios provocar uma queda brutal de pressão, complicação que pode ser fatal. Por isso o remédio só pode ser vendido com receita médica (tarja vermelha).

 Quem não pode se beneficiar com o Viagra tem outras opções. É verdade que todas são menos confortáveis. É difícil imaginar um homem colocando  um supositório na uretra, como o Muse, sem sentir um arrepio. Até porque, em relação à eficácia do medicamento, há divergências. Os médicos garantem que ele só funciona em 40% dos usuários, mas o laboratório Astra – responsável pela sua comercialização no Brasil – lembra que os resultados de um estudo feito com mais de 1,5 mil homens mostram que 64,9% deles tiveram relações sexuais com sucesso usando o Muse. Portanto, para recuperar a potência perdida é preciso identificar o que provoca o problema. Depois, com o médico, escolher o tratamento. E boa sorte. 

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